Você sabe como manter a esperança, a positividade e a saúde mental após um ano de medos e incertezas?
Desde março do ano passado, quando a COVID-19 foi caracterizada como uma pandemia, vivenciamos momentos de medo e incertezas diante de um vírus perigoso e mutante que assolou o mundo e nos obrigou a mudar rapidamente nossa forma de viver. Fomos submetidos a usar máscaras, ter novos hábitos de higiene e, acima de tudo, manter o distanciamento das pessoas, inclusive de quem amamos, parentes, amigos, familiares e colegas de trabalho. Vivendo tanto tempo diante desta realidade, como fazer para lidar com a tristeza, a insegurança, o estresse e outros sentimentos negativos? Como minimizar os riscos de desencadear ansiedade, pânico e depressão? Será que é possível manter a saúde mental?
A psicóloga da Policlínica Capão Raso, Georgina Silva Camargo, que possui Atualização em Saúde Mental e Atenção Psicossocial na COVID -19, pela Fundação Oswaldo Cruz, explica e dá dicas de como manter o bem-estar emocional e a positividade diante deste cenário. Mesmo com os últimos acontecimentos, que agravaram os transtornos causados pela doença. Ela também orienta e chama a atenção para quando se faz necessário buscar ajuda profissional.
“Neste momento de riscos, inseguranças e aumento do contágio é natural que o sofrimento emocional ocorra, mas ele não é necessariamente patológico. É desejável procurar, sempre que possível, alternativas naturais para evitar a automedicação”, observa ela. “Entretanto, aquelas pessoas que já tratam quadros psíquicos, ou estão diante de sofrimento acentuado, não devem hesitar à ajuda de um profissional”, ressalta.
Segundo a psicóloga, é preciso ficar atento também para identificar em nós mesmos e em pessoas próximas, os sinais de alerta de instabilidade psíquica e emocional, como insônia, choro fácil, negativismo, pensamentos de morte, apatia ou irritabilidade, agitação, negligência com os cuidados pessoais, compulsão alimentar ou inapetência. Em situações que envolvem alguns ou parte desses sentimentos, é necessário procurar ajudar para não deixar que se agrave um quadro de ansiedade ou depressão.
Acompanhe as orientações da psicóloga Georgina Camargo para deixar seus dias mais leves e sua mente saudável.
- Cultivar bons pensamentos. Demonstrar empatia e afetividade com o próximo.
- Praticar alguma atividade física, mesmo dentro de casa. Dançar, fazer musculação com pesos improvisados etc.
- Ouvir música, assistir a filmes e bons programas. Procurar se descontrair com brincadeiras, ou atividades que façam rir.
- No trabalho presencial ou home office, manter uma rotina, interagir de forma cordial com os colegas, evitar atitudes pessimistas.
- Obter notícias de veículos que deem informações confiáveis e não gerem ansiedade.
- Em casa, fazer as obrigações diárias. Ter disciplina nos horários para dormir. Manter uma alimentação saudável.
- Famílias com filhos pequenos. Proporcionar momentos de atenção concentrada (motivar e monitorar as aulas online, fazer brincadeiras, jogos).
- Com filhos adolescentes, manter monitoramento do que eles acessam na internet e demonstrar compreensão com as instabilidades típicas da fase. Demonstrar afeto e assertividade para estabelecer limites seguros.
- Familiares que convivem com idosos. Se possível, dedicar um tempo para fazer um lanche juntos, conversar, ouvi-los, jogar baralhos etc, a fim de evitar que se sintam sozinhos.
- Independente da religião, a fé ajuda a cultivar sentimentos nobres, como a afetividade, o amor a si e ao próximo, e cultivar pensamentos positivos.
Importante: Tomar no mínimo as medidas básicas para prevenir e evitar a propagação da COVID-19. Usar máscara, lavar as mãos com água e sabão e passar álcool gel. Distância mínima de um metro e meio.